sábado, 16 de dezembro de 2017

Madame Satã era Capoeira?


PUBLIQUEI ESTE VIDEO DE UM CANAL ONDE FOI FEITO UMA BOA PESQUISA DE HISTÓRIA
 ASSISTA AO FILME  COMPLETO:

MADAME SATà




Nome completoJoão Francisco dos Santos
Nascimento25 de fevereiro de 1900
Glória do Goitá Pernambuco
Morte11 de abril de 1976 (76 anos)
Rio de Janeiro Rio de Janeiro
NacionalidadeBrasil brasileiro
Ocupaçãodrag queen

João Francisco dos Santos (Glória do Goitá, 25 de fevereiro de 1900 — Rio de Janeiro, 11 de abril de 1976), mais conhecido como Madame Satã, foi uma drag queen brasileira, vista como personagem emblemática da vida noturna e marginal carioca na primeira metade do século XX.

Biografia
Filho de Manoel Francisco dos Santos e Firmina Teresa da Conceição, criado numa família de dezessete irmãos, diz-se que João Francisco chegou a ser trocado, quando criança, por uma égua. Quando jovem foi para Recife, onde viveu de pequenos serviços prestados. Posteriormente, mudou-se para o Rio de Janeiro, indo morar no bairro da Lapa. Analfabeto, o melhor emprego que conseguiu foi o de carregador de marmitas, embora houvesse o boato de que também tenha sido cozinheiro. Na entrevista ao Pasquim ele fala sobre receitas de preparação de peixes, mostrando conhecimento e experiência. Declara que exerceu essas habilidades quando no presídio da Ilha Grande, preparando refeições especiais para guardas e diretores. Considerado marginalizado, acredita-se que o fato de ter sido negro, pobre e homossexual tenha contribuído.
Era frequentador assíduo do bairro onde morava (conhecido como reduto carioca da malandragem e boemia na década de 20), onde muitas vezes trabalhou como segurança de casas noturnas e cuidava que as meretrizes não fossem vítimas de estupro ou agressão.
Foi preso várias vezes, chegando a ficar confinado ao presídio da Ilha Grande, agora em ruínas. Frequentemente, Madame Satã enfrentava a polícia, sendo detido por desacato à autoridade diversas vezes. Considerado exímio capoeirista, lutou por várias vezes contra mais de um policial, geralmente em resposta a insultos que tivessem como alvo mendigos, prostitutas, travestis e negros.
É considerado uma referência na cultura marginal urbana do século XX.
Cumpriu pena de 16 anos por assassinato de um policial em 1928.
Dito dotado de uma índole irônica e extrovertida, ele era encantado pelo carnaval carioca. Foi assim que, em 1942, ao desfilar no bloco de rua Caçador de Veados, surgiu seu apelido. O transformista se apresentou com a fantasia Madame Satã, inspirada em filme homônimo de Cecil B. DeMille.
Em 1971, concedeu uma polêmica entrevista ao jornal O Pasquim.
Ele teve publicado em 1972 o livro "Memórias de Madame Satã".
Em 1974 foi lançado o filme Rainha Diaba, que conta a vida de um transformista marginal, interpretado por Milton Gonçalves, livremente inspirado em Madame Satã.
Em abril de 1976 faleceu logo após a sua última saída da prisão em sua casa (hoje um camping) vítima de um câncer de pulmão.
A ficha criminal ao longo de sua vida é vasta: No total foram 27 anos e 8 meses de prisão, 13 agressões, 4 resistências à prisão, 2 furtos, 2 recepções de furtos, 1 ultraje público ao pudor, 1 porte de arma, resistência à prisão entre outros.
Ele definia-se como "Filho de Iansã e Ogum, devoto de Josephine Baker".
No ano de 2002 foi rodado no Brasil um filme sobre sua vida, que leva também o nome de Madame Satã, premiado nacional e internacionalmente. Nesse filme, João Francisco dos Santos foi interpretado pelo ator Lázaro Ramos.
Em 2015, Madame Satã foi homenageado no Carnaval pela GRES Portela, que apresentou os 450 anos da Cidade do Rio de Janeiro.
Bibliografia
DESBOIS, Laurent: A Odisseia do cinema brasileiro, da Atl*antida à Cidade de Deus, Companhia das Letras 2016
DURST, Rogério. Madame Satã: com o diabo no corpo. Reprint. São Paulo: Brasiliense, 2005, 80pp., ill., b&w photos, 12mo, bds. (Encanto Radical, n. 68). ISBN 85-11-03068-9 1st ed., 1985.

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