quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

História da Rainha Ginga


Dona Ana de Sousa ou Ngola Ana Nzinga Mbande ou Rainha Ginga (c. 1583 — Matamba, 17 de dezembro de 1663) foi uma rainha (“Ngola“) dos reinos do Ndongo e de Matamba, no Sudoeste de África, no século XVII. O seu título real na língua quimbundo – “Ngola” -, foi o nome utilizado pelos portugueses para denominar aquela região (Angola).

Nzinga viveu durante um período em que o tráfico de escravos africanos e a consolidação do poder dos portugueses na região estavam a crescer rapidamente. Era filha de Nzinga a Mbande Ngola Kiluanje e de Guenguela Cakombe, e irmã do NgolaNgoli Bbondi (o régulo de Matamba), que tendo se revoltado contra o domínio português em 1618, foi derrotado pelas forças sob o comando de Luís Mendes de Vasconcelos. O seu nome surge nos registos históricos três anos mais tarde, como uma enviada de seu irmão, numa conferência de paz com o governador português de Luanda. Após de anos de incursões portuguesas para capturar escravos, e entre batalhas intermitentes, Nzinga negociou um tratado de termos iguais, converteu-se ao cristianismo para fortalecer o tratado e adoptou o nome português de Dona Ana de Sousa.
No ano subsequente, entretanto, reiniciaram-se as hostilidades. As fontes divergem quanto ao motivo:
  • Ngoli Bbondi teria se revoltado novamente, fazendo grandes ofensas aos portugueses e derrotando as tropas do governador português João Correia de Sousa em 1621. Dona Ana, entretanto, teria permanecido fiel aos portugueses, a quem teria auxiliado por vingança ao assassinato, pelo irmão, de um filho seu. Tendo envenenado o irmão, sucedeu-lhe no poder.
ou
  • tendo os termos do tratado sido rompidos por Portugal, Dona Ana pediu a seu irmão para interceder e lutar contra a invasão portuguesa. Diante da recusa de seu irmão, Nzinga, pessoalmente, formou uma aliança com o povo Jaga, desposando o seu chefe, e subsequentemente conquistando o reino de Matamba. Ganhou notoriedade durante a guerra por liderar pessoalmente as suas tropas e por ter proibido as suas tropas de a tratarem como “Rainha”, preferindo que se dirigissem a ela como “Rei”. Em 1635 encontrava-se disponível para formar uma coligação com os reinos do Congo, Kassanje, Dembos e Kissama.
Como soberana, rompeu os compromissos com Portugal, abandonando a religião católica e praticando uma série de violências não só contra os portugueses, mas também contra as populações tributárias de Portugal na região. O governador de Angola, Fernão de Sousa, moveu-lhe guerra exemplar, derrotando-a em batalha em que lhe matou muita gente e aprisionando-lhe duas irmãs, Cambe e Funge. Estas foram trazidas para Luanda e batizadas, respectivamente com os nomes de Bárbara e Engrácia, tendo retornado, em 1623, para Matamba.
A rainha manteve-se em paz por quase duas décadas até que, diante do plano de conquista de Angola por forças da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, percebeu uma nova oportunidade de resistir. Traída eventualmente pelos Jaga, formou uma aliança com os holandeses que à época ocupavam boa parte da Região Nordeste do Brasil. Com o auxílio das forças de Nzinga, os holandeses conseguiram ocupar Luanda, de 1641 a 1648.
Em Janeiro de 1647, Gaspar Borges de Madureira derrotou as forças de Nzinga, aprisionando sua irmã, D. Bárbara. Com a reconquista definitiva de Angola pelas forças portuguesas de Salvador Correia de Sá e Benevides, retirou-se para Matamba, onde continuou a resistir.
Em 1657, um grupo de missionários capuchinhos italianos convenceram-na a retornar à fé católica, e então, o governador de Angola, Luís Martins de Sousa Chichorro, restitui-lhe a irmã, que ainda era mantida cativa.
Em 1659, Dona Ana assinou um novo tratado de paz com Portugal. Ajudou a reinserir antigos escravos e formou uma economia que ao contrário de outras no continente, não dependia do tráfico de escravos. Dona Ana faleceu de forma pacífica aos oitenta anos de idade, como uma figura admirada e respeitada por Portugal.
Após a sua morte, 7000 mil soldados da Rainha Ginga, foram levados para o Brasil e vendidos como escravos. Os portugueses passaram a controlar a área em 1671. Em certas áreas, Portugal não obteve controle total até o século XX, principalmente devido ao seu tipo de colonização, centrado no litoral.
No Brasil, o nome da Rainha Ginga é referido em vários folguedos da Festa de Reis dos negros do Rosário, onde reis-de-congo católicos lutam contra reis que não aceitam o cristianismo.
Dona Ana de Sousa possuía muitas variações do seu nome que, em alguns casos, eram completamente distintos. Entre eles (mas não apenas, registam-se: Rainha NzingaNzinga IRainha Nzinga MdongoNzinga MbandiNzinga MbandeJingaSingaZhingaGingaAna NzingaNgola NzingaNzinga de MatambaRainha Nzingha de NdongoAnn NzinghaNxinghaMbande Ana Nzingha e Ann Nzingha.
Livro conta história da rainha Ginga, heroína angolana
por PEDRO ROSA MENDES, Paris 26 Julho 2010
 Obra conta como Ginga reinou 40 anos e resistiu durante 30 aos portugueses.
A rainha Ginga (1582-1663) é apresentada como “uma protonacionalista angolana, na luta contra o poder colonial português, e uma heroína de todo o continente” numa nova obra… de referência publicada em França sobre “a mulher mais famosa de África”.
Ana de Sousa N’Jinga M’Bandi, a célebre rainha Ginga, “é uma das figuras mais fascinantes da história africana”, resumiu o historiador e editor francês Michel Chandeigne, entrevistado pela Lusa em Paris.
Michel Chandeigne, fundador da Livraria Portuguesa em Paris e especialista da história da expansão portuguesa, acaba de publicar N’Jinga, Rainha de Angola, numa edição de referência do relato do padre Antonio Cavazzi de Monteccuccolo (1621-1678).
O volume, de 416 páginas, é a história da conversão de “uma rainha terrível” ao catolicismo, considerada durante muito tempo como a força anticristã mais terrível da África Central, explicou Michel Chandeigne à Lusa. Ginga reinou durante 40 anos e resistiu quase 30 aos portugueses, com as suas tropas de Jagas, “uma seita cruel”.
O relato de Cavazzi, um missionário que desprezava os africanos mas que paradoxalmente estudou em detalhe os seus cultos, é também o resultado do fascínio que a heroína angolana exercia sobre os seus contemporâneos. O fascínio foi partilhado pelo missionário que devia salvá-la para o Deus cristão e que foi seu confessor. Cavazzi oficiou ele mesmo as exéquias da “Rainha dos Jagas”.
“Ginga era uma mulher inteligente. Todos, mesmo os seus inimigos da época, têm um discurso unânime sobre isso. Tinha uma liberdade sexual total. Dormia com escravos que estavam à sua disposição sob ameaça de morte se tivessem encontros com qualquer outra mulher”, recorda Chandeigne.
“Ginga tende a ficar na história africana como a grande heroína do continente. Morreu muito velha. Era uma mulher com uma força de homem, digamos, que comandou as suas tropas no campo de batalha durante muitos anos. É uma figura proto nacionalista de resistência aos portugueses e à opressão”, acrescenta também o historiador francês.
“Ao contrário do que se passou no Congo, onde a Igreja local estava nas mãos da elite do país e onde a população abraçou por sua vontade o cristianismo, em Angola a adesão à nova fé foi reticente e forçada”, escrevem no prefácio ao livro Linda Heywood e John K. Thornton, dois dos maiores especialistas do período abrangido pela vida de Ginga.
O testemunho de Cavazzi “é excepcional porque o homem era muito atento às práticas culturais, aos cultos dos africanos, aos vestidos, à vida quotidiana. É um testemunho ímpar na história das missões e temos também desenhos com descrição de sacrifícios, práticas de justiça, penas de morte”, iconografia que corresponde aos relatos de grande crueldade que atravessam a obra.
A edição da Chandeigne sobre a rainha Ginga, resultado de dez anos de trabalho, corresponde à primeira versão da Histórica descrizione de tre regni Congo, Matamba ed Angola, manuscrito descoberto em Modena (Itália) nos arquivos da família Araldi, em 1969. É deste manuscrito “perdido” que Chandeigne reproduz as aguarelas com cenas da vida na Matamba seiscentista.
“Era uma mulher de poder, uma mulher livre, uma grande heroína africana”, resume Michel Chandeigne. “Espero que com este livro o fenómeno ultrapasse as fronteiras do mundo lusófono.”



Animação crua da parte mais básica da ginga
A Ginga é a movimentação básica da capoeira. É o conjunto de movimentos que dão à capoeira a falsa aparência de uma dança.

Os objetivos da ginga é não oferecer ao oponente um alvo fixo, esconder a malandragem do capoeirista e enganar o adversário, geralmente induzindo-o a um ataque e dando ao capoeirista a possibilidade de contra-atacar com eficiência. O termo mandingueiro é popularmente utilizado como definição de um capoeirista que utiliza a ginga de uma forma eficiente, induzindo o adversário a cair em uma armadilha. A boa aplicação da ginga torna o capoeirista imprevisível e difícil de ser golpeado, seja durante o jogo da capoeira ou em um combate.










O termo usado acima Mandinga, vem de "Mandingueiro" que é popularmente utilizado como definição de um bom capoeirista, ou que sabe utilizar bem a ginga de maneira eficaz, induzindo o adversário a cair em uma armadilha.

A boa aplicação da ginga torna o capoeirista imprevisível e difícil de ser desequilibrado, golpeado, ou jogado ao chão, seja durante o jogo da capoeira ou em um combate de lutas.

A palavra Ginga no dicionário se apresenta da seguinte forma;
ginga I s.f
3ª pess. sing. pres. ind. de gingar
2ª pess. sing. imp. de gingar

gin-ga
(derivação regressiva de gingar)
substantivo feminino
1. Espécie de remo que, apoiado num encaixe sobre a popa, faz andar a embarcação.
2. Movimento do corpo de um lado para o outro. = MENEIO
3. [Brasil] Caneco, munido de longo cabo, que serve para baldear o caldo de uma tacha para outra nos engenhos de. bangué.
4. [Moçambique] Bicicleta. Confrontar: ginja.
Palavras relacionadas: gingação, gingar, gingador, ginguista, gingante, jamegão, ginja.

gin-gar - Conjugar
(origem obscura)
verbo intransitivo
1. Bambolear-se ao andar.
2. [Náutica] Navegar ou remar com ginga.
3. [Regionalismo] Troçar, chalacear.
4. [Portugal: Fundão] Recusar-se com modos desdenhosos, a satisfazer um pedido.
5. [Moçambique] Dar nas vistas. = ostentar, pavonear.

A Origem da palavra Ginga


Mas há outra vertente segundo alguns historiadores a palavra "GINGA" tem origem na rainha guerreira Nzinga Mbandi Ngola (1581-1663).

Conhecida como "Rainha Ginga", soberana de Matamba e Angola, essa mulher foi uma das maiores guerreiras e líder da história mundial. 

Com agilidade política bem como poder bélico, ela comandou uma resistência contra os portugueses pela liberdade, lutando durante 40 anos à ocupação colonial e ao comercio de escravos no seu reino. Contemporânea a Zumbi sua resistência influenciou as guerras dos quilombos no Brasil. 

A Rainha Ginga morreu aos 82 anos, sem nunca ter sido subjugada aos portugueses. Tida como a Rainha orgulhosa e selvagem, possuía cinquenta ou sessenta jovens rapazes a quem ela dava nomes e roupas de mulher, enquanto ela no exército usava de fato nome de homem, para comandar com maior autoridade.

Ciumenta, e para pôr a prova a fidelidade que ela tinha por estes jovens, chamava-os então de concubinos, deixando-os conviver com outras mulheres, mandando, no entanto só ficava a espiar todo comportamento dos seus. 

domingo, 6 de janeiro de 2019

ALGUNS GOLPES DA CAPOEIRA

Os golpes de capoeira podem ser divididos em golpes de linha e golpes rodados, entretanto também podem ser divididos em golpes traumatizantes e desequilibrantes. Lembrando que os nomes dos golpes podem se alterar de região para região. Um mesmo golpe pode ter outro nome em outro lugar, ou um mesmo nome pode significar um golpe em um lugar e outro golpe diferente em outro lugar/região.

Golpes traumatizantes


Os golpes traumatizantes são golpes ofensivos, golpes que podem causar danos ao adversário. Apesar de a maioria das vezes, em rodas ou treinamento o dano não é desejado, então o golpe fica apenas para incentivar a esquiva do adversário.


  • Armada ou meia-lua de costas: a armada aplica-se estando em pé. Através de um movimento de rotação, um pé fica firme ao chão enquanto o outro sobe varrendo a horizontal atingindo o adversário com a parte externa do pé.
  • Arpão: golpe no qual derruba o adversário como uma arpa.
  • Asfixiante: O Asfixiante é um soco de Capoeira, como o nome sugere, o golpe é feito contra o nariz, boca e/ou garganta do oponente. Pode ser feito com a mão na vertical e na horizontal. Assemelha-se ao Direto do Boxe, pois é feito com o braço correspondente à perna que está atrás na ginga.
  • Godeme: Este golpe é aplicado com as costas da mão fechada, o Godeme pode ser feito também com um giro corporal.
  • Chapa ou chapa de chão: aplicado com uma das pernas, estando em posição de rolê (com as duas mãos e pés ao chão, com o corpo virado para o chão e as costas para cima).
  • Chibata: estando na posição de início ou término do , o aplicante bate com o pé que está no alto, batendo com o peito do pé e girando para voltar à base de ginga.
  • Corta Eucalipto ou Tesoura : golpe caracterizado pela neo capoeira como o mais potente. Aproxima-se do oponente, vira-se tronco e braços e salta. Quando está no ar, contrai-se as pernas como uma tesoura a ser usada na perna ou na cabeça do adversário.
  • Cotovelada ou Cutilada: À cotovelada é golpe que pode ser usado para provocar dor ou apenas cortar o adversário. Na capoeira existem as cotoveladas: laterais, ascendentes, descendentes, frontais, diagonais e giratórias. Os alvos mais comuns são as têmporas, testa e nariz, clavículas, nuca e abdômen.
  • Escorão, pisão, chapa, ou chapa de frente: aplica-se em pé distendendo a perna de trás em movimento de coice acertando o adversário com a planta do pé. Este golpe pode visar empurrar (derrubando) o adversário e traumatizá-lo.
  • Esporão, chapa rodada ou chapa de costas: aplica-se o escorão, porém a perna de trás passa por trás do aplicante em um movimento de giro semelhante à armada.
  • Forquilha: É um golpe aonde o capoeira, usa os dedos para machucar os olhos do oponente. Também, o capoeira pode segurar a cabeça do antagonista e lhe pressionar os olhos com os dedões.
  • Escala de mão: Golpe de mão aberta, a Escala é feita com a parte inferior da palma da mão. Pode-se usar de forma traumática e defensiva. Na forma traumática se bate na face do adversário, na forma defensiva se usa para desviar socos e/ou pará-los.
  • Galopante: aplica-se uma mão em forma de concha contra o ouvido do adversário.
  • Gancho: estando em pé, a perna de trás sobe junto com um giro do tronco invertendo o lado do golpe fazendo com que o chute seja dado com o calcanhar ou a planta do pé no rosto do adversário
  • Martelo: estando em pé, a perna de trás sobe lateralmente, flexionada depois estende-se para atingir o adversário. Também pode ser aplicado com uma mão apoiando-se no chão, onde a mão que vai ao chão é a oposta à perna que aplica o golpe.
  • Meia-lua de compasso: também conhecida por rabo-de-arraia, sendo a meia-lua de compasso uma variação do golpe rabo-de-arraia que vem da capoeira de Angola. Ficando de lado, agacha-se sobre a perna da frente, estendendo a perna de trás. Faz-se um movimento de rotação varrendo a horizontal com a perna de trás esticada, apoiando-se na perna da frente, terminando em posição de ginga. O corpo do aplicante fica rente à perna da frente sobre a qual ele está agachado. O aplicante pode colocar as duas mãos ao chão para aumentar a sua segurança, ou apenas uma ou nenhuma mão.
  • Meia-lua de frente: estando com as pernas lado a lado, lança-se uma das mesmas estica varrendo a horizontal em um movimento de rotação de fora para dentro, fazendo a trajetória de uma meia-lua. Acerta-se o adversário com a parte interna do pé.
  • Ponteira: golpe que atinge o adversário com a perna de trás utilizando a parte debaixo dos dedos, na planta do pé, semelhante ao bicão/bicuda do futebol. Normalmente, mira-se a região abdominal do adversário.
  • Queixada ou queixada de costas: aplica-se em pé, estando em base de uma perna e estendendo a outra contra o oponente em forma de giro, de dentro para fora. A parte que atinge o adversário é a parte lateral externa do pé.
  • Rabo-de-arraia: golpe semelhante à meia-lua de compasso, porém no estilo da capoeira de Angola. Tecnicamente são o mesmo golpe, sendo um, uma variação do outro.
  • Voo do morcego ou voadora: dá um salto e estende-se uma ou as duas pernas visando atingir o adversário. Este golpe também é popularmente conhecido como "voadora".
  • Corta Grama: é aplicado com uma rasteira em posição de negativa mas fazendo um giro completo caindo na posição de rolê.

Golpes desequilibrantes



  • Fechado: e também conhecido como escala de pé e mãos. Os golpes e feitos com criatividades e gingas dos homens e mulheres. O aplicante coloca suas duas pernas entre as pernas do adversário e abre-as e puxa-as forçando a abertura excessiva das pernas do adversário desequilibrando-o.
  • BANDA DE LETRA: estando em posição de negativa, coloca-se a perna estendida atrás de uma das pernas do adversário e aplica-se um puxão, visando derrubá-lo.
  • RASTEIRA de frente: estando em pé, aplica-se uma rasteira com a perna semi-flexionada. Também conhecida popularmente como "pé-de-rodo".
  • Banda de costas: também conhecida como banda trançada. Estando em pé, coloca-se uma das pernas atrás de uma das pernas do adversário, então puxa a perna podendo empurrar o adversário para frente com o corpo ou braço.
  • Bênção: estando em base de ginga, atinge-se o adversário com a perna de trás, usando a planta dos pés. Assim, o aplicante empurra o adversário.
  • Boca de calça: puxam-se as duas pernas do adversário com as mãos, podendo ajudar com uma cabeçada.
  • Cabeçada: ato de empurrar o adversário com a cabeça. Também pode ser usado como golpe traumatizante, acertando com força o abdômen ou outra parte do corpo do adversário.
  • Crucifixo: ao receber um golpe de perna alta, o aplicante aproxima-se do adversário, colocando a perna do adversário sobre seu ombro. Assim, o aplicante levanta ainda mais a perna do adversário desequilibrando-o. Normalmente aplicado contra golpes giratórios altos como a armada ou contra o martelo.
  • Anzol: puxa a perna do adversário, por trás, usando a própria perna em forma de gancho. O aplicante pode estar em pé, ou apoiado em uma das mãos.
  • Rasteira de Pé: puxa-se a perna de apoio do adversário quando este está aplicando um golpe (normalmente, golpe de giro alto) usando as mãos. Golpe utilizado em raríssimas oportunidades.
  • Rasteira: passa a perna rente ao chão em um movimento circular ou semicircular puxando a perna do adversário desequilibrando-o. Pode ser aplicada estando em pé ou abaixado.
  • Aparador: envolve o adversário com as pernas e depois gira o corpo para desequilibrá-lo. A mesma pode ser aplicada no chão por trás ou pela frente. Também pode ser aplicada no alto, salta-se antes de aplicar a mesma, que também pode ser pela frente ou por trás.
  • Tombo da Subida: golpe que visa derrubar o adversário quando ele aplica um golpe com salto ou faz acrobacias. Pode ser através de um escorão, puxão no pé, entre outros.
  • Vingativa: aproxima-se rapidamente do adversário (normalmente logo após um golpe), coloca-se lado a lado com ele e com uma das pernas atrás servindo de apoio e aplica-se um empurrão com o cotovelo, costas, ou cabeça para trás. A perna que fica por trás do adversário é a que estiver lado a lado com a perna do oponente. Também de o rabo de raia e muito interessante voce vira um mortal invertido puxando as pernas es as mãos fica no chão.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

ABADÁ-CAPOEIRA E O MESTRE CAMISA

ABADÁ-CAPOEIRA E O MESTRE CAMISA


Nome: José Tadeu Carneiro Cardoso – Mestre Camisa Nascido em Jacobina, na Bahia no ano de 1955, iniciou-se na Capoeira nos anos 60, com seu irmão mais velho, Camisa Roxa. Em seguida mudou-se para Salvador, indo morar na Lapinha, onde continuou a praticar Capoeira nas rodas de rua, principalmente nas de Mestre Valdemar e Traíra, que eram realizadas na Rua Pero Vaz, posteriormente foi treinar na academia de Mestre Bimba onde se formou. Rodou todo o Brasil fazendo demonstrações de Capoeira na equipe de seu irmão, Camisa Roxa. Em 1972, com 16 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a dar aulas em academias. No Rio de Janeiro, Camisa se dedicou a pesquisa da Capoeira, desenvolveu seu próprio método de ensino, seguindo os conceitos inovadores de Mestre Bimba.
Passou a ensinar capoeira pelo grupo Senzala. Por volta de 1988 separou-se deste grupo e fundou a Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte-Capoeira (Abadá-Capoeira).
Viajou pra mais de 60 países divulgando a cultura brasileira e ensinando capoeira. Hoje, com os núcleos de capoeira já desenvolvidos, viaja o mundo ministrando palestras e cursos de capoeira nos 5 continentes.
Em 2011 recebeu o título de Doutor Honoris Causa ao Mestre Camisa, outorgado em 28 de maio de 2010 pelo Conselho Universitário da Universidade de Uberlândia. Indicado como personalidade eminente que contribui de modo relevante para o desenvolvimento da cultura afro – brasileira e detém valioso conhecimento sobre capoeira, Patrimônio Imaterial Brasileiro e se distingue por sua atuação cultural, social e educacional no Brasil e no exterior.
Formação:

Experiência Profissional: - Presidente fundador da Federação ABADÁ Capoeira do Estado do Rio de Janeiro.
- Presidente e fundador da ABADÁ Capoeira (Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira) reconhecida como uma instituição de utilidade pública. Responsável pela filiação de mais de 50 mil capoeiristas localizados em 26 estados do Brasil (só no Rio de Janeiro são mais de 100 professores de capoeira trabalhando com o grupo ABADÁ) e 53 países.
- Consultor técnico do 1º Curso de Nível Superior em Capoeira oferecido pela Universidade Gama Filho.
- Criador da CEMB – Centro Educacional Mestre Bimba, centro de treinamento específico para capoeira e ecologia, onde se desenvolve o projeto capoeira ecológica.
- Palestra na embaixada brasileira na França (1997).
- Parceria há mais de 20 anos com a UERJ (eventos, palestras, apresentação e shows de folclore e capoeira).
- Coordenador do Projeto Rio Criança Esporte (desenvolvido pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro) apoiando as crianças carentes.
- Palestra na união dos escritores de angola (sobre a origem da capoeira).
- Professor e pesquisador na disciplina de educação física – folclore e cultura popular – UERJ (palestras, oficinas, aulas e projeto de integração.
- Produção e edição de dois programas sobre capoeira na TV a cabo Sport TV (1997).
- Workshops de capoeira em geral (técnica, didática, ritmo, história) ministrados em universidades, escolas, academias em todos os estados do Brasil, na América do Norte e em mais de 20 países da Europa.
- Criou o Jornal mensal de capoeira – ABADÁ.
- Capoeira Espacial Inclusiva (prática de capoeira desenvolvida junto à várias instituições para portadores de necessidades especiais desde 1984).
- Incorporou expressões de capoeira pra o dicionário Aurélio. Como Mestre de Capoeira.
- Projeto Volta ao Mundo: Palestras, cursos, seminários e shows em todos os estados do Brasil e 30 países dentre os quais: Alemanha, França, Japão, Inglaterra, Itália, Israel, Angola, etc. com o objetivo de divulgar a cultura brasileira através da capoeira.
- Eleito melhor capoeirista do Brasil pela antiga revista DÔ de Artes Marciais (1977).
- Participou de vários programas de TV, dentre os quais: Fantástico – TV Globo; Programa Realce – TV Bandeirantes; Jô Soares 11:30 – TV Globo; Aqui e Agora – SBT; Sem censura – TVE, Espacial de Capoeira – TVE; Show do Esporte – TV Globo; Esporte Espetacular – TV Globo; Documentário – TV Japonesa; Noticiário NBC EUA; TV DW Alemã; Documentário TV Francesa; Documentário TV Suíça.
- Ministrou aulas nos seguintes estabelecimentos: Escola Naval, Academia Saga, Academia Nissei, Casa do Estudante, Colégio Divina Providência, Ginásio Samurai, Clube Guanabara, Lagoa Sport, Academia Faixa Preta, Academia Scrett, Escola de Belas Artes (UFRJ), Ass. Dos Servidores civis do Brasil, Clube de Natação Santa Luzia, Tijuca Country Club, Colégio Souza Leão, Escola de Engenharia, Academia Dukan.
- Produziu e/ou participou dos seguintes shows em Teatros: Cantos e danças da Terra (Teatro Gláucio Gil e Galeria, Circo Voador Arpoador RJ); Ballet Brasileiro (Teatro João Caetano) Furacões da Bahia (Canecão e Teatro Opinião) Brasil Tropical (Gold Room e Hotel Nacional) Heranças de Angola (Teatro Vila Velha) Show de Capoeira (Circo Voador) Viva Bahia (Teatro Castro Alves BA)

Mestre Emm - Nanuque - MG

Mestre Emm - Nanuque - MG


Emmanuel Nascimento ( mestre Emm) fundou o Capitães de Areia em 14 de Janeiro de 1973. O grupo é voltado para o ensino da Capoeira para crianças carentes, tirando-as das ruas e dando-lhes uma profissão para sobreviverem. Ele é um guardião da Capoeira de Angola e Regional, dos seus fundamentos e tradições. Ninguém tem o direito de mudar esta arte que tanto sofreu para chegar até os dias de hoje. Infelizmente, algumas pessoas não estão nem aí para isso e numa tentativa de inovar, acabam mudando e destruindo os fundamentos mais importantes da Capoeira. Mesmo o maior de todos os mestres jamais poderá sacrificar os fundamentos da Capoeira para enriquecer ou aparecer.



IDEOLOGIA
*Abadá branco e corda branca;
*3 berimbaus, 2 atabaques, um pandeiro e um agogô;
*Passo a dois no jogo de angola;
*Toque de cavalaria quando trocar o jogo, de angola para regional;
*Corda do lado esquerdo;
*Grito de Iê;
*Concentração no pé do berimbau




TRABALHOS
*Roda de Capoeira - Angola e Regional;
*Maculelê;
*Dança-Afro;
*Puxada de Rede;
*Samba de Roda;
*Temas de teatro: História da Escavidão e capoeira; A saga de Maculelê, e muitos outros!




     Durante todos estes anos, o mestre fundou duas filiais na Europa e muitas outras no Brasil. Uma das maiores diferenças entre nós e os outros grupos é que todos usam a mesma corda. Não há graduação "viusal", através de cores na corda. É claro que existe um sistema de graduação, mas não pela cor de cordas. Meu professor sempre diz que você mostra a sua graduação através do seu jogo, e não de um pedaço de pano. Se você acha mesmo que a cor da corda importa tanto assim, experimente tirá-la da cintura para ver se ela joga sozinha!


   
  Nossos endereços das academias e para contatos:

Grupo de Capoeira Capitães de Areia de Ibirité
Av. São Paulo, S/N. Fazenda do Rosário
Cep: 32400-000 - Ibirité - Minas Gerais - Brazil
PHONE:(031)533-1541 or (031)533-1214 - TALK WITH CHRISTIANO/FALAR COM CHRISTIANO
Grupo Folclórico de Capoeira Capitães de Areia
Rua Joaíma, Nº540.Centro
Cep: 39830-000 - Nanuque - Minas Gerais - Brazil
    PHONE:(033)621-1581 -TALK WITH MESTRE EMM/FALAR COM MESTRE EMM

Grupo de Capoeira Capitães de Areia da Alemanha
Germany/Berlim - Phone(00303957883)
Wilhelmshavener Str.32 10551/Berlim-Germany

AULA PARA CRIANÇAS DE 05 Á 11 ANOS DE IDADE


AULA PARA ADULTOS DE 12 ANOS DE IDADE AO INFINITO E ALÉM...